terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Primeiros passos, primeiras dúvidas


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Andar muito, desde cedo, é bom para o bebé?
Adquirir um bom tónus muscular nas pernas contribuirá, no futuro, para que o seu filho mantenha uma postura mais direita da coluna. Deve fazer, portanto, com que o pequeno caminhe diariamente e, se possível, distancias razoáveis.
Clinicamente, já se provou a relação directa entre a fraqueza muscular e o facto das crianças passearem sempre de carrinho ou ao colo.

Faz bem andar descalço? 
Depende por onde… Evite que o bebé ande, sem sapatos, pelo chão liso e plano de casa. Pelo contrário, deixe-o andar sempre descalço em pisos irregulares, que lhe proporcionarão estímulos geradores de reflexos, sobre a musculatura do pé.

A planta dos pés é plana: Existe algum problema ortopédico?
Apesar de se ouvir dizer que todos os bebés nascem com o pé chato, isto não é verdade. A planta do pé plana dependerá, em muito, do factor hereditário e da elasticidade dos ligamentos: se forem mais lassos, o pé parecerá mais plano; se forem fibrosos, o pé apresentara uma certa curva.
Mas tranquilize-se: isto não significa que vá ter o pé chato, quando for adulto.
Apenas a partir dos quatro ou cinco anos de idade, é possível diagnosticar definitivamente este problema ortopédico. Até lá à medida que a criança cresce e começa a andar, os ossos irão amadurecendo e a planta irá tomando a sua forma arqueada.

O meu filho tropeça com facilidade e tem pouco equilíbrio. Que devo fazer? 
Apesar das crianças começarem a andar por volta dos 12 meses, só estarão totalmente preparadas para manter o equilíbrio aos quatro ou cinco anos. Nessa altura, a criança caminhará levantando os pés do chão, não se balanceando, como faz no inicio. Até lá tropeções e cambaleios são normais. Dê-lhe tempo e tenha paciência.

As pernas arqueadas são um sinal de quê?
Quando o bebé ainda esta no útero mantinha as pernas arqueadas e, ao pôr-se em pé, mantém esta postura. À medida que cresce, as suas pernas vão-se tornando mais direitas, de forma gradual e sem necessidade de correcção. Nos primeiros passos, também é possível observar que o bebé anda com os pés para fora, não se tratando de um problema ortopédico: simplesmente, faz isso para aumentar a estabilidade e segurança.

Quando anda, o meu filho mete os joelhos para dentro, enquanto os pés se afastam. De que se trata?
Trata-se de uma patologia denominada joelho valgo. Pode dever-se a um problema de raquitismo – doença pouco frequente – ou devido aos ligamentos serem insuficientes para manter as pernas direitas. Um bom tratamento consiste em fazer a criança subir rampas e escadas, aumentando o exercício físico. Também é importante determinar se o defeito se produz, na mesma proporção, em ambas as pernas.

Lembre-se 
O início da marcha será lento e progressivo.
A maturidade da marcha só se atinge por volta dos cinco anos de idade; e tenha em conta que há crianças mais habilidosas do que outras, sem que, por isso, tenham alguma alteração óssea ou nervosa.
As alterações da marcha devidas a defeitos nos pés são as menos frequentes, a partir dos 12 meses de idade, já que as anomalias que costumam afectar os pés se diagnosticam e tratam ortopedicamente, nos primeiros meses de vida.
As malformações dos pés afectam 1 em cada 400 bebés. As causas mais frequentes são os factores hereditários e as más posições intra-uterinas.

Fonte: Revista Super bebés nº 158

Gravidez e animais


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Guia para uma convivência saudável e feliz. 
Os animais domésticos reduzem a ansiedade, mantêm a estrutura familiar e as rotinas e diminuem os riscos de alergias para as crianças. 
Serão talvez duas das coisas que mais felicidade nos proporcionam: a gravidez e os animais de estimação. Ambos representam uma face da nossa natureza em que as emoções dominam. Por outro lado, é na gravidez que muitas destas emoções parecem entrar em conflito, em especial por que nada cremos que possa afectar o nascimento de uma nova vida tão frágil que começa por ser. E, frequentemente, atribuímos aos animais a capacidade de trazer perigos para a saúde da mãe e do bebé. Se acrescentarmos muitos mitos e uma estranha falta de informação sobre os riscos da convivência, eis que se nos deparam situações que chegam a roçar o trágico… para alguns animais. Fala-se imenso de toxoplasmose, de outras doenças, alguma coisa sobre agressividade, convivência, menos sobre parasitas e quase nada sobre os benefícios dos animais. Sim, os benefícios. Reduzem a ansiedade da grávida, mantêm a estrutura familiar e as rotinas e diminuem os riscos de alergias para as crianças. Doenças A toxoplasmose é, sem dúvida, o grande "Papão" da relação entre a gravidez e os gatos. Com o estilo de vida típico dos gatos, nomeadamente em ambiente urbano, não há um risco significativo de aborto, por contacto com os mesmos. A melhor prevenção, tal como para outras doenças importantes na gravidez, passa pelas medidas de higiene pessoal e por atitudes que reduzem os riscos de contaminação por via dos alimentos. A lavagem das mãos em especial, toma o lugar central na saúde de todos nós e, especialmente, das grávidas. Estas pelo facto de possuírem um sistema imunitário com menor capacidade para resistir a doenças, são consideradas um dos grupos de risco aumentado face a toxi-infecções de origem alimentar. Conjuntamente com a higiene pessoal, os cuidados na escolha dos alimentos, na correcta confecção e posterior armazenamento serão, por si só, capazes de eliminar os riscos de doenças com origem nos alimentos, como é o caso da listeriose, também capaz de provocar abortos. Não devemos, de qualquer modo, esquecer que na saúde dos animais se encontra a melhor prevenção contra a aquisição de zoonoses, termo que se refere a doenças que se podem transmitir entre animais e pessoas "e vice-versa". Os animais devem estar vacinados, desparasitados, se necessário, efectuarem check ups específicos para garantir um melhor estado sanitário e deixar donos e familiares descansados. A União Europeia vem mesmo promovendo um slogan que lembra esta relação essencial:
ANIMAIS + HUMANOS = UMA SAÚDE. Convivência Se considerarmos a gravidez do ponto de vista de um cão ou de um gato, por exemplo, depressa entendemos as dificuldades dos mesmos. Vejamos: têm de partilhar a atenção dos donos, a dona pode optar por não os deixar aproximar, criam-se novas rotinas, aparecem novos cheiros, novos ruídos, e surgem inúmeros visitantes. E isto ainda sem que a criança tenha aparecido… É rara a ameaça ou a agressão de animais a bebés. Mas os mesmos podem ter dificuldades de adaptação que os poderão perturbar e acrescentar um problema a uma família já assoberbada com a chegada do novo elemento. Não podemos assumir que todos os animais se vão adaptar facilmente nem que será impossível mostrarem por exemplo sinais de ciúmes. É, por isso, conveniente abordar estas questões o mais cedo possível na gravidez, visto que algumas destas dificuldades poderão levar à necessidade de terapias comportamentais concretas as quais demoram sempre algum tempo a surtir os efeitos desejados. Este tema deve ser abordado o mais cedo possível com o veterinário que assiste o animal. Em casos mais complicados, poder-se-á recorrer a um especialista em Comportamento Animal e a um Treinador. Casos concretos de problemas são situações de excesso de territorialidade ou os animais demasiado medrosos com visitas. Também se deve acostumar o animal ás novas circunstancias o mais cedo possível: novos odores, novos ruídos, novos objectos e restrições de movimentação na casa devem ser apresentados logo que possível para que não apresentem stress desnecessário na altura do parto e da entrada do bebé em casa. A utilização dos cães ou gatos das várias peças da mobília deve ser regulada. O animal deve ser acostumado às novas condições para viajar no automóvel com a família. O contacto excessivo deverá ser refreado. O colo só poderá ser ocupado pelo animal a convite do dono. Os cães, em especial, devem aprender a não saltar para as pessoas nem colocar as patas na barriga da mãe de forma menos suave. Aquando do parto, diversas medidas para promover um primeiro contacto saudável entre animais e o recém-chegado devem ser implementados. Se possível, já terá sido levada uma peça de roupa com o cheiro do bebé e da mama para casa, antes desse momento. A partir do momento em que a criança começa a usar o chão e a gatinhar, todo um novo conjunto de cuidados se exigem, já que a mesma se vai impor, ainda desajeitada, ao espaço natural do animal. Agora que já se tinha habituado aos cheiros e sons… Normalmente, estas situações desenrolam-se muito naturalmente e sem percalço. É possível que o bom senso seja o suficiente para promover a harmonia familiar. Mas é, ainda assim, desejável fazer tudo o que poder-mos para que esta nova fase da família decorra sem incidentes e que os animais não sofram com o aumento do agregado. É muito importante que se efectue precocemente o diagnostico de problemas comportamentais que possam vir a criar transtornos. Desta forma, evitar-se-ão decisões no último momento, que causem interrupção na harmonia que se procura nesta fase fantástica da nossa vida. O contacto com o médico veterinário assume uma importância fulcral, ao assegurar as melhores condições de saúde do cão ou do gato mas também ajudando a detectar precocemente situações que necessitam ser abordadas, a nível comportamental. Muitos casais optam por um cheack up ao animal no inicio e outro mais no final da gravidez, embora seja desejável não deixar o mesmo "tal como vacinas ou desparasitações" para o sempre frenético e imprevisível ultimo mês. Fonte: Super Bebés n.º 160

Seja uma mamãe em forma. Como?


Você já parou para imaginar quantas grávidas querem manter o corpo em forma durante a gestação? Bem, este tem sido o meu trabalho e especialização nos últimos anos. Já auxiliei mais de 6 mil mulheres ao redor do mundo a diminuírem o ganho de peso, curtirem a gestação, terem um parto fácil e recuperarem a sua forma em tempo recorde.
Por incrível que pareça, há mulheres que conseguer alcançar um corpo escultural depois do parto. Ficam bastante mais atraentes depois da gravidez. Acredite! Seria bom para você alcançar isso com o mínimo de esforço possível?
É questão de decisão. Você precisa decidir a querer parar de reclamar do peso extra que adquiriu e começar a trabalhar, exatamente como eu fiz em 2002 quando passei por isso.
Usei todo o meu conhecimento em nutrição e do mesmo modo minha formação para chegar a várias conclusões que deixarão você extasiada.
Atualmente, passo as informações para qualquer mãe interessada em manter um corpo sedutor durante e após a gestação. Tenha uma gestação sem estrias e sem gordura. Por isso deixo um alerta: seu corpo pode ficar mais bonito do que antes da gestação.
Durante e depois da gestação, o corpo produz bastante hormônios, e por isso esse momento é o melhor ponto para ficar em forma. todavia é um ponto delicado e você deve saber o que está fazendo para não arriscar sua saúde e seu bem estar.
Ao ler isso você pode se perguntar…
Qual é o meu peso recomendado na gestação?
Estou engordando bastante rápido?
E quanto aos exercícios físicos? Há exercícios bons para grávidas?
Existem alimentos que devo ou não ingerir? Quais devo precaver?
O que faço para prevenir seios flácidos?
Como manter uma gravidez saudável, como ter um parto 100%?
Como então posso apressar o desenvolvimento do meu corpo após a gravidez?
Apesar de ter estudado nutrição, não havia achado as informações que queria. Só consegui isso após muito pesquisa adicional. Fico feliz em afirmar que consegui as respostas que queria e buscava.

Porque é que a Corrida ajuda a Emagrecer(Perder Peso)?


Acelera o Metabolismo
O metabolismo determina a quantidade de calorias que o seu corpo é capaz de queimar. Por isso, quanto mais acelerado for o seu metabolismo, mais calorias são queimadas, mesmo em repouso. O exercício físico aumenta o metabolismo e a massa muscular. O metabolismo acelera durante e após 20-30 minutos de exercício físico intenso, tal como quando demora 8-10 minutos a percorrer um quilómetro. Se queimar mais calorias do que as que consome diariamente perde peso e a corrida pode ajudar neste processo.
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Reduz a Ingestão de Alimentos
Quando as pessoas estão ocupadas, tendem a petiscar menos vezes e, sobretudo, a não procurar comida rápida. A corrida ajuda-o a sair de casa e a permanecer longe das tentações alimentares. Por outro lado, o exercício físico diminui os níveis de stresse e, portanto, reduz a necessidade de petiscar. À medida que vai perdendo peso ao correr, o apetite também diminui, ajudando ao processo de emagrecimento ou manutenção de peso. Finalmente, o simples facto de correr aumenta a necessidade de ingestão de líquidos, o que fará beber mais água, a qual, por seu turno, hidrata, acelera o metabolismo e reduz ainda mais o apetite.

Queima Calorias
Durante a prática de exercício, o organismo necessita de mais oxigénio, o qual está intimamente ligado à queima de calorias. A corrida é um exercício aeróbico que acelera o ritmo cardíaco. Se correr entre 20 e 30 minutos, três vezes por semana pelo menos, o exercício aeróbico é responsável pela redução da adiposidade, demorando menos tempo a queimar calorias.

Como Emagrecer com Determinados Alimentos


1. Pepinos
Pepinos Para Perder Peso
Embora o pepino seja pobre em nutrientes (contêm pequenas quantidades de vitamina C e A, bem como algumas fibras) e pouco calórico, é um fruto delicioso da família das cucurbitáceas, que deve ser abundantemente misturado nas saladas, fazendo-o sentir-se satisfeito. Se lhe apetecer um petisco crocante, coma-o cortado em fatias e com a casca, em vez de batatas fritas ou bolachas.

2. Toranja
Toranja Para Perder Peso corpo-perfeito.com/blog
A toranja é um excelente e nutritivo fruto agri-doce, que pode ser comido ao pequeno-almoço ou misturado nas saladas. As investigações indicam que comer toranja ou beber sumo de toranja diariamente ajuda a perder peso, possivelmente porque reduzem os níveis de insulina.

3. Lentilhas
Lentilhas Para Perder Pesso corpo-perfeito.com/blog
Rica em fibras, folato e magnésio, esta leguminosa magra tem um papel importantíssimo em qualquer regime alimentar. Independentemente da maneira como preparar as lentilhas, terá a sensação de ter comido carne sem ter ingerido as calorias e a gordura saturada associada aos pratos de carne.

4. Aveia
Aveia Para Perder Pesso corpo-perfeito.com/blog
A aveia e a farinha de aveia são ricas em fibra, prolongando a saciedade durante muito tempo. Para além disso, está provado que o consumo de cereais integrais ajuda a emagrecer. Para retirar proveito dos cereais integrais, coma-os ao pequeno-almoço – experimente comê-los ao natural ou coma-os já preparados. Não adicione açúcar ou então coloque um adoçante.



5. Alimentos com casca
Se for viciado em petiscos e adorar sal, os alimentos com casca podem ajudá-lo a reduzir esse desejo e a saborear a refeição. Alimentos como pistáchios sem sal, nozes com casca, amendoins e vagem de soja, diminuem o desejo por alimentos salgados e pelos petiscos pouco saudáveis. Além disso, evitam a ingestão excessiva de alimentos.

6. Maçãs
Maçãs Para Perder Pesso corpo-perfeito.com/blog
Ricas, versáteis e pouco calóricas, as maçãs satisfazem a necessidade de açúcar. Comidas ao natural a meio da tarde, ou cozidas à sobremesa, são altamente nutritivas ajudando-o a sentir-se satisfeito e a manter-se magro.

7. Ovos
Ovos Para Perder Pesso corpo-perfeito.com/blog
Contendo cerca de 72 calorias, 6 gramas de proteínas e quase todas as vitaminas que o organismo necessita, os ovos são um alimento altamente nutritivo e económico que deve integrar

Fungos – Comichão intensa


Fungos – Comichão intensa
O pé de atleta afecta as pessoas de formas muito diversificadas. Em certos casos, a pele entre os dedos dos pés pode apresentar um aspecto avermelhado e escamoso, acompanhado por fendas. Noutras pessoas, para além do tom avermelhado, a infecção pode manifestar-se sob a forma de bolhas na pele.
Estas manifestações associadas ao pé de atleta são muitas vezes acompanhadas por prurido (comichão), por vezes intenso.
Existem ainda outras manifestações da enfermidade como infecções nas unhas dos pés que, quando ocorrem, mostram-se quase sempre mais difíceis de tratar. Estas infecções podem conduzir ao enfraquecimento das unhas e, por vezes, resultam na sua quebra total.
Mas nem todas as fendas e rachas que surgem na pele dos pés se devem ao pé de atleta. Antes de iniciar um tratamento, é conveniente consultar um médico que aconselhará a terapêutica mais conveniente. Mas convém não perder tempo porque se o pé de atleta não for tratado, pode evoluir e o período de tratamento ser maior. As complicações graves são raras.
Diagnosticado o fundo, o tratamento deve iniciar-se imediatamente. Nos casos mais simples, bastará usar cremes antifúngicos, que podem aliviar os sintomas com rapidez.
Nos casos mais complicados, que não melhoram com o tratamento local, poderá ser recomendável o recurso a antifúngicos administrados por via oral, sempre com a recomendação médica.
As infecções nas unhas são mais problemáticas. As investigações científicas continuam em curso para que se encontrem os métodos mais eficientes para o tratamento eficaz das infecções fúngicas nas unhas dos pés.
É extremamente importante que a pessoa atingida nunca interrompa os tratamentos prescritos. Embora a pele possa parecer melhor, a infecção pode ainda manter-se durante algum tempo e reaparecer se o tratamento for suspenso.
No dia-a-dia

Existem algumas regras simples que podem contribuir para evitar o pé de atleta:
- Lave os pés diariamente e seque-os cuidadosamente, em especial entre os dedos.
- Evite sapatos muito fechados ou quente, especialmente durante o Verão. As sandálias são uma boa solução.
- Use meias de algodão e mude-as diariamente. Não use meias de materiais sintéticos porque contribuem para manter os pés húmidos.
- Não ande descalço em balneários públicos, ginásios ou áreas públicas.
- Ande descalço em casa, sempre que possível.
- Se já teve pé de atleta, pode ser aconselhável, durante o Verão, pulvilhar os sapatos com pós antifúngicos.
Fonte: Farmácias Portuguesas n.º 166

Oiça a sua voz


Oiça a sua voz!
Porque a voz é uma ferramenta indispensável na comunicação e na socialização, há que cuidar dela. O que é sinonimo de evitar os factores que a prejudicam como o tabaco e as diferenças de temperatura. Mas também é sinonimo de um uso correcto e de ouvir a voz quando ela dá sinais de alterações.
Todos os dias ouvimos a nossa voz vezes sem conta. Mas será que a ouvimos verdadeiramente? E será que nos apercebemos de quão valiosa é a voz na comunicação e interacção com os outros?
A voz tem a ver com o som, mas é muito mais do que som. Ela é produzida quando o ar que sobe pela laringe faz vibrar as cordas vocais. É um mecanismo simples, tendo em conta o papel que a voz desempenha na nossa vida. Podemos comunicar de outras formas, por exemplo através da escrita e da linguagem gestual, mas é a voz o nosso principal veículo de comunicação: a fala concretiza-se na voz, com a qual expressamos opiniões, manifestamos interesse, exteriorizamos sentimentos.
Sem a voz, o nosso mundo ficaria, de certo, mais pequeno e limitado. E, no entanto, quantas vezes nos esquecemos disso e esforçamos a voz para além do saudável? No dia-a-dia todos sujeitamos a voz a agressões, algumas sem qualquer intenção.
Agressões mil
Basta  pensar na poluição. Quando falamos em ambientes poluídos, estamos a inalar essas partículas potencialmente tóxicas, que deixam as mucosas da laringe e da faringe vulneráveis. A exposição prolongada pode causar inflamação das cordas vocais. E pode acontecer num ambiente aparentemente inofensivo como a nossa casa - com o pó em suspensão a entrar facilmente pelo nariz e pela boca – ou a escola – devido ao pó do giz que se liberta quando se escreve e quando se usa o apagador.
Mas há outras agressões que são da responsabilidade de cada um de nós. É o que se passa com o tabaco: o fumo dos cigarros causa irritação nas cordas vocais, podendo mesmo causar inflamação e inchaço; elas reagem a esta agressão produzindo muco, que se acumula favorecendo o desenvolvimento de pigarreio e tosse. A garganta fica seca, áspera e com expectoração.
Também as bebidas alcoólicas, especialmente as destiladas (aguardente e whisky), e a cafeína contribuem para a desidratação da laringe e da faringe, afectando a qualidade da voz. O efeito é progressivo, com os danos a instalarem-se lentamente.
Ainda em relação ás bebidas, as muito quentes ou muito frias também são prejudiciais: é que o nosso corpo esta a uma temperatura constante e tudo o que a desequilibre pode fazer com que os vasos sanguíneos se contraiam: no caso da garganta o resultado são limitações na amplitude da voz.
Pelas mesmas razões as diferenças de temperatura são igualmente nocivas para a voz, causando desidratação das mucosas e dando origem ao conhecido pigarreio. Mais uma vez, as cordas vocais estão a ser forçadas.
E o esforço é, de facto, um dos principais factores que afectam a qualidade da voz. Pigarrear e tossir com frequência constituem abusos vocais, tal como gritar, falar muito e com poucas pausas, falar muito alto, sobretudo contra um ruído de fundo, falar depressa demais, falar com voz monocórdica. Estes abusos favorecem o risco de desenvolvimento de lesões benignas das cordas vocais.
Nesta lista de potenciais inimigos da voz incluem-se ainda as infecções respiratórias, como a gripe e a doença do refluxo gastroesofágico, em que há subida dos ácidos do estômago causando irritação da garganta.
Há ainda que contar que alguns medicamentos podem afectar a voz. Os mecanismos subjacentes são vários, por exemplo, causando secura da mucosa que protege as cordas vocais: entre eles estão os anti-depressivos, os relaxantes musculares, os diuréticos, os medicamentos para a pressão arterial, os anti-histamínicos (alergias), os anticolinérgicos, e corticóides inalados (asma), entre outros. Não significa que todos os medicamentos destas categorias afectem a voz, apenas que essa possibilidade existe.
Para uma voz saudável
Contudo, é possível compensar os riscos, mantendo as cordas vocais hidratadas. É que as cordas vocais têm de estar bem lubrificadas para funcionarem correctamente: se a mucosa estiver seca, falar torna-se mais difícil. Todos o sabemos: é por isso que, deves em quando, pigarreamos para limpar a garganta e clarear o discurso.
Para hidratar a garganta, nada melhor do que a água. Em pequenos golos ao longo do dia, de preferência cerca de dois litros, à temperatura ambiente. Se for necessário também é útil fazer gargarejos com uma solução salina em água tépida, bem como lavar as fossas nasais com soro fisiológico.
A reduzir, pela saúde da garganta, é o consumo de bebidas alcoólicas e cafeinadas, pois provocam desidratação. Não fumar, evitar ambientes com fumo e ambientes com ar condicionado são outros cuidados eficazes. De evitar são também os alimentos condimentados, na medida em que dificultam a digestão e podem causar refluxo.
Fundamental é poupar a voz, fazendo pausas após o uso prolongado ou com intensidade muito forte, mantendo uma velocidade de discurso moderada e articulando bem a língua e os lábios sempre que se fala.
Quando se está constipado ou com gripe deve usar-se a voz o mínimo possível, tal como se deve recorrer o mínimo possível ao habito de tossir ou de pigarrear.
Além disso, é importante ouvir o que a voz tem para nos dizer: a secura e a rouquidão são os principais sinais de queixa; quando se prolongam no tempo ou são frequentes, o melhor é consultar um especialista – otorrinolaringologista.
Mas, acima de tudo, há que poupar a voz, porque ela não é indestrutível.
A origem da voz
Tudo começa com a vontade de falar: quando o cérebro a identifica, transmite impulsos nervosos aos músculos do sistema respiratório, a partir daí se desencadeando o processo físico da voz.
Esses músculos contraem-se, gerando pressão sobre o ar existente nos pulmões: algum desse ar é forçado a subir pela traqueia até à laringe. Aí passa através das cordas vocais, fazendo-as vibrar. Gera-se então um som, som esse que vai ser alterado em função das características da cavidade oral de cada pessoa e das estruturas que se movimentam sempre que falamos (lábios, língua, maxilar). A voz é assim modulada.
Fonte: Farmácias Portuguesas n.º 166