domingo, 1 de agosto de 2010

O BRASIL SORRIDENTE. PARTE 1

Como todos nós vemos em publicidades milionárias, o tal  programa Brasil Sorridente não é uma má idéia do Governo Federal, como ressalto em citar, a idéia é ótima mas falta uma determinada fiscalização coerente do Governo Federal, assim dizendo que o próprio Ministério da Saúde deve estar atento como em algumas prefeituras e em alguns municipios do Brasil tem implantado o determinado programa. Entendo que são milhares de municipios, e que poderia até ser inviável fiscalizar todos, porém, há de se convir de que, com uma fiscalização mais profunda nós, que somos brasileiros teríamos um programa instalado e com funcionamento dentro dos padrões que o programa Brasil Sorridente sonha em ser.
No caso seria um erro dos municípios (nem todos) que às vezes atuam com má fé e utilizam desse programa para fazer campanhas políticas eleitorais,ou é falta de fiscalização do Ministério da Saúde frente as traquinagens que acontecem em alguns locais longe dos grandes centros como por exemplo nos Estados do Norte e Nordeste, ou indo mais profundo tem horas que chego a pensar: Será que o Governo Federal sabe de tudo isso e mesmo assim passa a mão na cabeça de alguns administradores municipais, que em algumas regiões são fétidos coronéis que comandam seus escravos em troca de votos futuros?
Há pouco tempo atrás em um artigo que publiquei em 2008 citando a insatisfação do Brasil Sorridente pela população, um determinado defensor " anônimo" do programa veio me dizer que na era de Vargas a saúde era deprimente e que agora a Odontologia no Brasil anda as perfeições.Com toda minha lástima e embalsamando minhas lágrimas venho a dizer e afirmar, assim como sei que diversos colegas de profissão na qual conversei por todo esse Brasil, representando 16 Estados e mais o Distrito Federal,  a odontologia atualmente está se reestruturando frente as grandes porradas que levou das clinicas populares e das viroses dos convênios. Hoje, em 2010, temos uma odontologia que anda em passos lentos, mas seguros, sem tentar atingir patamares ilusórios. Posso afirmar também que muitos dos cirurgiões dentistas trabalham com mais consciência do que é a crise na Odontologia, e de como entrar e sair dela sem ao menos prostituir a nossa profissão, é lógico que há controversias, é uma pena que alguns profissionais banalizam e sem nenhum escrúpulo, e nesse instante é que observo a atuação de nosso Conselho Regional de Odontologia que muitas vezes fazem um pequeno olhar com muito esforço para não fazer nada, porque muitos que banalizam  a Odontologia, acabam que tendo alguma ligação ou influências dentro dessas organizações que acabam por não penalizar o colega de profissão. Quando entro na questão de nosso Conselho Regional de Odontologia, quero dizer que não são todos que atuam dessa maneira, mas em alguns Estados de nossa nação banguela temos muitos colegas em depressão pela má atuação de nossos defensores de classe.
Voltando ao Brasil Sorridente, quando citei sobre a falta de fiscalização do Governo Federal  frente a um programa que seria "a menina dos olhos de ouro" da saúde bucal pública, em alguns municipios seus administradores inauguram obras citando que a verba destinada ao programa e o programa estabelecido são idéias e projetos deles ( das Prefeituras e não do Governo Federal), fazendo assim, o uso indevido de trocas de atendimentos ou mesmo em um português mais claro trocando dentaduras e/ou extrações por votos em pré campanhas ou sendo mais descarados em plena campanha mesmo. Nos Centros de Especialidades Odontológicas de alguns municipios essa visão é nítida e pura, se voce votou ganhou tratamento "especializado", se não votou não ganhou e ficará sofrendo pelo tempo do mandato. Lembro bem que não são todos os Centros de Especialidades Odontológicas que são dessa forma, há ainda locais que há cirurgiões dentistas trabalhando com seriedade, e também existem prefeitos que atuam dentro da Lei e que respeitam seus eleitores e que tratam a Saúde Pública como sendo sua própria vida. São poucos, mas ainda temos em nosso meio.
Acredito que muitos colegas de profissão deveriam dar um basta quando encontrassem esses tipos de " negociações" dentro da saúde pública, mas entendo também que muitos necessitam do emprego e acabam submetendo-se a algumas situações constrangedoras para permanecerem "assalariados" em troca de favores políticos. Não vejo a política como uma sujeira generalizada, mas vejo um restante de sujeira dentro da política. E frente a essa problemática, nós cirurgiões dentistas que somos conscientes de algumas situações extracionistas,não apenas devemos esperar as ações de nosso Conselho Regional,mas devemos lutar para que essa epidemia não se alastre e contamine o restante de nossa classe, e que não vedamos nossos olhos para os administradores públicos que agem de má fé utilizando a Odontologia como propaganda oportunista e política.