quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Estudo brasileiro de neurocirurgia prevê sobrevida aos pacientes do SUS

Estudo brasileiro de neurocirurgia prevê sobrevida aos pacientes do SUS

 Por Monica Coronel

                        Trata-se do primeiro estudo brasileiro sobre a interferência dos Fatores socioeconômicos na sobrevida de tumor cerebral, resultado da pesquisa da equipe do  neurocirurgião José Carlos Lynch, Chefe do Setor de Neurocirurgia do Hospital dos Servidores do Estado (HSE) do Rio de Janeiro.O resultado desta pesquisa, a primeira realizada na história da neurocirurgia do país, servirá para alavancar recursos que poderão contribuir para a melhora da sobrevida dos pacientes operados na rede pública.
  
           Segundo o médico Carlos Lynch, os resultados obtidos com a pesquisa, poderão auxiliar na melhora significativa da sobrevida dos pacientes operados na rede pública, como também na reversão da demora de obtenção do diagnóstico de tumor cerebral, bem como da espera para o tratamento adequado. Ele informa, ainda, que na rede pública os pacientes demoram cerca seis meses entre o tempo de sentir os primeiros sintomas, procurar ajuda e obter o tratamento, enquanto na rede privada esse tempo cai para apenas 3 (três) meses.

           - Há um momento adequando para o melhor resultado do tratamento e prognóstico da doença. Os pacientes que demoram mais tempo para obter assistência médica estão menos informados. O que desejamos e mobilizar recursos para iniciar a reversão deste quadro. É preciso que os hospitais públicos possam disponibilizar o acompanhamento de pacientes que residam em locais distantes, bem como criar campanha de esclarecimento sobre os sintomas do Glioblastoma, como forma de antecipar o diagnóstico. Ressalta o neurocirurgião José Carlos Lynch.

           A equipe de médicos que participou da pesquisa é composta por especialistas do Hospital dos Servidores do Estado (HSE): Jose Carlos Lynch, Leonardo Welling, Claudia Escosteguy, Ricardo Andrade, Celestino Pereira, e Alessandra G L Pereira.  O estudo brasileiro comparou a sobrevida de 58 (cinqüenta e oito) pacientes com Glioblastoma Multiforme operados do HSE (hospital da rede pública para o atendimento do SUS) com a sobrevida dos 21 (vinte e um) pacientes operados nos hospitais privados.

           Iniciado em 1996, o Estudo comparativo demonstra o acompanhamento de 66 (sessenta e seis) pacientes submetidos à retirada do tumor cerebral.  A idade dos pacientes observados (31 mulheres e 35 homens) variou entre 27 e 84 anos, e revelou uma estatística de sobrevida maior nos indivíduos com idade inferior a 50 anos. A sobrevida de pacientes do HSE, submetidos ao tratamento neurocirúrgico para a remoção de glioblastoma multiforme, com o mesmo perfil de pacientes da rede privada. O óbito cirúrgico (até 30 dias após a cirurgia) ocorreu em 6,7% dos pacientes operados no hospital público e em 4,8% naqueles operados na rede privada.

Exageros dos jovens levam ao envelhecimento precoce

"Você é aos 40 anos o que cultivou aos 20", alerta especialista

Com toda informação disponível sobre os benefícios de hábitos saudáveis, vem aí uma geração de jovens envelhecidos precocemente. Ao contrário dos pais, que têm entre 40 e 50 anos e estão preocupados em adotar uma dieta equilibrada, se exercitar, parar de fumar e se dedicar a atividades que reduzam a carga de estresse, os filhos entre 15 e 25 anos preocupam até os médicos.

"A saúde de muitos jovens tem sido ameaçada pelos constantes excessos a que se expõem. Fatores como alimentação inadequada (excesso de lanches, salgadinhos e bolachas), consumo elevado de álcool e fumo, sedentarismo, sono irregular e, inclusive, certa negligência com relação à prática sexual, representam um risco muito grande. Caso esse ritmo persista por algum tempo, eles não chegarão à idade dos pais nas mesmas condições", diz o doutor Paulo Rocha, médico clínico do Hospital Santa Paula.

Rocha é taxativo com relação às consequências de hábitos desregrados. "Mais cedo do que se pensa, esses jovens começarão a dar sinais de fragilidade, estando mais propensos ao surgimento de doenças e ao envelhecimento precoce. Você é aos 40 anos o que você cultivou aos 20. A isso se deve o aumento da obesidade, dos distúrbios do sono, das doenças do coração, renais ou hepáticas.  É preciso alertar as gerações mais novas para a importância de adotarem hábitos de vida mais saudáveis desde já".

A figura daquele jovem que dorme mal, come qualquer bobagem e a qualquer hora, que passa horas isolado diante do computador ou se expõe demasiadamente ao sol, que fuma e bebe além da conta nas baladas, deve ser substituída urgentemente por um modelo mais saudável. 
"É imprescindível que esse jovem aprenda a se alimentar bem, depois de uma boa noite de sono. O café da manhã deve ser a principal refeição do dia. As frutas não podem continuar sendo ignoradas, já que são ricas em nutrientes e fibras, auxiliando na digestão. É igualmente importante praticar esportes, caminhar e procurar não virar as noites nas baladas nem em frente ao computador. Cigarro e bebidas alcoólicas, então, devem ser banidos – pelo menos deve haver um esforço nesse sentido", diz o médico.
Fonte: Dr. Paulo Rocha, clínico geral do Hospital Santa Paula (SP).

Cuidado ao coçar demais os olhos

Pessoas alérgicas a pó, pólen e poluição geralmente ficam ainda mais sensíveis nesta época do ano. Além dos sintomas relacionados ao aparelho respiratório, pálpebras e cílios podem coçar tanto que, além de ferir a pele ao redor dos olhos, acabam desencadeando até mesmo uma infecção ocular.

"Pálpebras e cílios protegem os olhos de corpos estranhos, mantendo a córnea lubrificada. Tanto é assim que os olhos piscam mais frequentemente quando algum agente irritante entra em contato. Aos primeiros sinais de irritação em torno dos olhos, é importante tomar medidas que contenham o avanço do problema e procurar um oftalmologista se a coceira persistir. Crianças alérgicas, inclusive, estão mais sujeitas a desenvolver ceracotone (doença degenerativa do olho)", diz o doutor Renato Neves, diretor do Eye Care Hospital de Olhos (SP).

Na opinião do médico, é importante que o paciente aprenda a identificar os agentes que mais facilmente irritam seus olhos, a fim de evitar desdobramentos, como inflamação e infecção ocular. "Além da poluição atmosférica, principalmente nos dias mais quentes e secos do ano, a pessoa deve checar se a coceira não é proveniente do uso de algum xampu, cosmético ou maquiagem".

Delineador, lápis, rímel, sombra e pó compacto, por exemplo, podem ser tão agressivos a determinadas pessoas que acabam desencadeando conjuntivite. Isso também acontece quando os olhos entram em contato com alguns tipos de xampu e condicionador.

Lavar os cílios com uma gota de xampu neutro para tirar qualquer resíduo prejudicial aos olhos, usar compressas geladas, pingar lágrimas artificiais para lubrificar bem o cristalino, tirar as lentes de contato antes de dormir, usar óculos escuros sempre que estiver ao ar livre e selecionar maquiagem de boa procedência – tomando cuidado de remover antes de dormir – são algumas medidas que contribuem para aliviar a coceira.

"A pessoa mais propensa a alergias deve se habituar a lavar bem o rosto antes de dormir – de preferência com um sabonete infantil, mais suave – e enxaguar os cabelos sempre com a cabeça inclinada para trás, jamais para frente. A correta higiene dos olhos não deve ser negligenciada nunca, já que o fato de coçar demais os olhos pode contribuir para a contaminação por alguma bactéria oportunista", diz o médico.

Fonte: Dr. Renato Neves, médico oftalmologista, diretor do Eye Care Hospital de Olhos (SP)

Como funciona a depressão

É normal ficar triste de vez em quando, mas o que acontece quando esse sentimento persiste e se transforma em desesperança e desespero? Pode ser depressão, doença que afeta 121 milhões de pessoas no mundo, segundo dados de 2005 da Organização Mundial da Saúde (340 milhões, segundo pesquisa de 2006 a Federação Mundial para Saúde Mental). Só no Brasil, 17 milhões de pessoas têm depressão, sendo as mulheres as mais atingidas pela doença.
Nos EUA, cerca de 20% dos norte-americanos apresentam mensalmente pelo menos um sintoma de transtorno do humor e isso pode acontecer com qualquer pessoa, independente de idade, sexo ou etnia [fonte: Mental Health America (em inglês)].
Mas como a doença cardiovascular e a diabetes, a depressão se manifesta de forma diferente em cada pessoa, variando em gravidade e sintomas. A pesquisa da Federação Mundial para Saúde Mental, chamada Depressão: A Verdade Dolorosa, realizada no Brasil, no Canadá, no México, na Alemanha e na França, revelou que 30% dos pacientes deprimidos apresentam sintomas físicos dolorosos por mais de 5 anos antes de receberem diagnóstico apropriado e chegam a procurar um médico cerca de 5 vezes até ser constatado o quadro depressivo.
Existem vários tipos de depressão, como a depressão maior, a depressão crônica, o transtorno bipolar e o transtorno afetivo sazonal (em inglês). Os problemas diagnosticados com mais freqüência são a depressão maior (também conhecida como transtorno depressivo maioroudepressão clínica) e a distimia (também chamada de depressão crônicaou transtorno distímico).
Depressão
Joel Sartore/National Geographic/Getty Images
A depressão maior interfere na vida diária
Um em cada dez adultos - aproximadamente, 19 milhões de pessoas nos Estados Unidos - apresenta sintomas de depressão maior anualmente, uma combinação de sintomas que interferem na vida diária [fonte: Mental Health America (em inglês)]. Na América Latina, 72,6% dos pacientes relataram sintomas físicos dolorosos associados à depressão, com piora na qualidade de vida. A depressão pode aparecer uma vez na vida ou com freqüência no decorrer dos anos. A distimia é mais leve e se caracteriza por sintomas que persistem por dois anos ou mais.
Causa mortis: depressão

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a depressão está associada à morte de cerca de 850.000 pessoas por ano no mundo, e as maiores barreiras para o tratamento da doença são a falta de recursos e de profissionais treinados para diagnóstico correto e o estigma social associado com desordens mentais. Afinal, depressão é considerada um problema mental.
A OMS estima que em 2020, a depressão atinja o segundo lugar no ranking de doenças incapacitantes em todas as faixas etárias e em ambos os sexos. Hoje, ela já é a segunda causa de incapacidade na faixa etária de 15 a 44 anos. Menos de 25% dos afetados têm acesso a tratamentos efetivos.
A incidência da depressão -ou de transtorno de humor- pode variar conforme o país onde se mora. Em 2004, por exemplo, a população norte-americana foi considerada a mais depressiva do mundo. Em 2009, 9,6% terão depressão maior, distimia ou transtorno bipolar. A Nigéria (em inglês), em comparação, relata um índice de 0,8% de depressão [fonte: News Limited(em inglês)]. Por quê? Talvez porque os norte-americanos estão dispostos a admitir a depressão e aceitar os transtornos do humor como doenças. Em alguns países, como no Nepal (em inglês), é contra a lei ter doenças mentais. Algumas populações expulsam as pessoas que sofrem de depressão.
Sintomas e causas da depressão
Nem toda pessoa que sofre de depressão apresentará sempre os mesmos sintomas ou a mesma gravidade dos sintomas. Normalmente, cinco ou mais sintomas descritos a seguir devem existir por pelo menos duas semanas antes de o problema ser diagnosticado como um transtorno depressivo:
  • tristeza persistente;
  • falta de interesse em atividades comuns;
  • sentimentos de culpa, desesperança, desamparo, inutilidade;
  • grau elevado de inquietação e irritabilidade;
  • mudanças na alimentação e no sono (fadiga, letargia, perda/ganho de peso);
  • insônia ou excesso de sono;
  • indecisão, dificuldade para se concentrar, esquecimento;
  • dores persistentes que não respondem a tratamentos (cefaléias, dores de estômago, problemas digestivos);
  • piora de problemas crônicos existentes (como artrite ou diabetes);
  • pensamentos suicidas, automutilação ou tentativas de suicídio.
Homens, mulheres e crianças são suscetíveis aos sintomas da depressão, mas geralmente os sentem de forma diferente - os transtornos do humor se apresentam de forma distinta nas pessoas.
Um veterano depressivo.
Chris Hondros/Getty Images
A depressão pode ser causada por vários motivos. Jesus Bocanegra, por exemplo, toma antidepressivos e ansiolíticos para controlar o estresse provocado pelo serviço militar no Iraque.
Pelo menos 1 em cada 8 adolescentes e 1 em cada 33 crianças apresentam depressão maior [fonte: Mental Health America (em inglês)]. Os sintomas nas crianças e nos adolescentes são um pouco diferentes dos apresentados pelos adultos e podem ainda incluir:
  • apatia, afastamento social, isolamento dos amigos/familiares;
  • queda no desempenho escolar;
  • brincadeiras que envolvem agressão excessiva ou temas melancólicos;
  • além disso, às vezes, os pais dessas crianças e adolescentes sofrem de depressão maior.
As mulheres têm o dobro de chance dos homens de sofrer de depressão maior ou distimia. Pesquisadores estão estudando uma série de possíveis ligações para explicar os índices mais elevados de depressão em mulheres, incluindo hormônios, genética e biologia, assim como fatores psicossociais. Existe uma teoria de que a probabilidade de os homens procurarem ajuda é menor. Embora haja uma tendência de admitirem o cansaço, a irritabilidade, a falta de interesse nas atividades e as mudanças nos padrões do sono, normalmente, eles não compartilham dos sentimentos de tristeza e de inutilidade. Os homens têm uma probabilidade maior de consumir bebidas alcoólicas ou drogas para esconder seus sentimentos. Já as mulheres geralmente admitem sentir tristeza, culpa ou sensação de inutilidade.
Não há uma única causa para a depressão, mas uma pesquisa sugere quatro fatores que provavelmente estão relacionados a ela:
  • genéticos,
  • bioquímicos,
  • psicológicos e
  • ambientais.
Embora os cientistas não tenham descoberto um "gene da depressão", encontraram evidências com base nos históricos familiares que sugerem que pode haver uma ligação genética. Filhos de pais com depressão maior têm mais chances de sofrer de depressão do que a população em geral. Mas como a depressão também ocorre em pessoas sem histórico familiar da doença, pesquisadores continuam estudando outros fatores.
Uma pesquisa feita com ressonância magnética revela que os transtornos depressivos são alterações cerebrais. O cérebro das pessoas com depressão apresenta níveis anormais de substâncias químicaschamadas de neurotransmissores, que são os mensageiros entre o cérebro e o resto do corpo.
Fatores psicológicos também influenciam. Pessoas com certas características, como pessimismo e baixa auto-estima, tendem a desenvolver a depressão. Essas características, associadas a estressores ambientais, como relacionamentos, doenças, problemas financeiros ou acontecimentos importantes, contribuem para os padrões da doença depressiva. O início da depressão geralmente é uma combinação dessas causas.
Depressão pós-parto

Aproximadamente, 80% das novas mamães terão mudanças de humor, que normalmente ocorrem dias após o parto e diminuem em algumas semanas, conforme os níveis de hormônio voltam ao normal. Entretanto, se os sintomas persistirem por mais tempo, a mulher pode estar com depressão pós-parto (DPP), que acomete cerca de 10% das mamães.
Os sintomas da DPP são iguais aos da depressão maior, com uma fixação incomum na saúde do bebê ou com pensamentos de fazer mal a ele. Uma pesquisa sugere que a DPP pode ser causada pela combinação de variações hormonais, estresse e histórico anterior de depressão. A DPP pode ser tratada com antidepressivos e orientação psicológica.
Diagnóstico da depressão
A depressão é uma doença clínica tratável e o tratamento precoce tem um efeito bastante positivo. Segundo a OMS, a psicoterapia associada ao uso de antidepressivos é efetiva em 60% a 80% dos casos. Mas, antes, é necessário determinar se os sintomas sugerem um caso temporário de baixo astral ou se indicam uma doença depressiva.
Não existe um exame fácil (como de sangue ou raio X) que diagnostique a depressão. A depressão maior é determinada com base nos critérios do Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (Manual de Estatística e Diagnóstico de Transtornos Mentais), quarta edição (DSM-IV). Esses critérios exigem a presença de pelo menos cinco sintomas que durem no mínimo duas semanas. O diagnóstico da distimia é feito com menos sintomas do que o da depressão maior [fonte: Mental Health America (em inglês)].
Para algumas pessoas, os sintomas da depressão ocorrem apenas no inverno, um sinal de transtorno afetivo sazonal (TAS). Esse transtorno do humor está associado à depressão e possui sintomas semelhantes (normalmente, é feito um diagnóstico após três invernos consecutivos).
O primeiro passo para diagnosticar qualquer transtorno do humor é procurar um médico. Muitas pessoas procuram primeiramente o médico da família ou o clínico geral. Embora possa diagnosticar e tratar doenças mentais, ele provavelmente irá encaminhar o paciente a um profissional especializado. O médico fará primeiro o exame físico e uma avaliação do histórico familiar. Em seguida, conversará com você sobre seus sintomas e seu humor - determinando os sintomas que estão presentes, quando começaram, os medicamentos que você toma e seu estado geral.
Para excluir outras doenças que possam causar sintomas semelhantes aos da depressão, o médico pode solicitar os seguintes exames laboratoriais:
  • hemograma completo;
  • exames de tireóide, como TSH e T4-livre;
  • uréia e creatinina, usados para verificar a existência de problemas renais;
  • dosagem de sódio e de potássio;
  • análise toxicológica do soro para detectar drogas no sangue.
Outros exames diagnósticos podem incluir exames de imagem, como a tomografia computadorizada, a ressonância magnética, o eletrocardiograma - ECG (para analisar a atividade elétrica do coração a fim de eliminar a possibilidade de doenças cardíacas) e eletroencefalograma - EEG (para avaliar o nível de atividade elétrica do cérebro e excluir doenças como epilepsia). Mas também podem ser solicitados:
  • testes psicométricos;
  • Zung Self-rating Depression Scale (Escala de Auto-avaliação da Depressão de Zung), um questionário usado para analisar sintomas afetivos, psicológicos e somáticos de depressão;
  • BDI (Beck Depression Inventory - Inventário de Depressão de Beck), usado para avaliar a depressão;
  • CES-D (Criteria for Epidemiologic Studies-Depression - Escala de Depressão) utilizado para ajudar as pessoas a identificarem os sintomas depressivos.
Dependendo da idade do paciente, mais alguns testes podem ser solicitados pelo médico:
  • CDI (Children's Depression Inventory - Inventário de Depressão Infantil), para avaliar sinais de depressão em crianças de 6 a 17 anos;
  • Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage, usada para medir a depressão em idosos.
A maioria dos testes de avaliação é relativamente sensível (80% a 90%), além de rápida e fácil de administrar [fonte: US Preventive Services Task Force(em inglês)].
O primeiro passo para diagnosticar qualquer transtorno do humor é procurar um médico. Muitas pessoas procuram primeiramente o médico da família ou o clínico geral. Embora possa diagnosticar e tratar doenças mentais, ele provavelmente irá encaminhar o paciente a um profissional especializado. O médico fará primeiro o exame físico e uma avaliação do histórico familiar. Em seguida, conversará com você sobre seus sintomas e seu humor - determinando os sintomas que estão presentes, quando começaram, os medicamentos que você toma e seu estado geral.
Para excluir outras doenças que possam causar sintomas semelhantes aos da depressão, o médico pode solicitar os seguintes exames laboratoriais:
  • hemograma completo;
  • exames de tireóide, como TSH e T4-livre;
  • uréia e creatinina, usados para verificar a existência de problemas renais;
  • dosagem de sódio e de potássio;
  • análise toxicológica do soro para detectar drogas no sangue.
Outros exames diagnósticos podem incluir exames de imagem, como a tomografia computadorizada, a ressonância magnética, o eletrocardiograma - ECG (para analisar a atividade elétrica do coração a fim de eliminar a possibilidade de doenças cardíacas) e eletroencefalograma - EEG (para avaliar o nível de atividade elétrica do cérebro e excluir doenças como epilepsia). Mas também podem ser solicitados:
  • testes psicométricos;
  • Zung Self-rating Depression Scale (Escala de Auto-avaliação da Depressão de Zung), um questionário usado para analisar sintomas afetivos, psicológicos e somáticos de depressão;
  • BDI (Beck Depression Inventory - Inventário de Depressão de Beck), usado para avaliar a depressão;
  • CES-D (Criteria for Epidemiologic Studies-Depression - Escala de Depressão) utilizado para ajudar as pessoas a identificarem os sintomas depressivos.
Dependendo da idade do paciente, mais alguns testes podem ser solicitados pelo médico:
  • CDI (Children's Depression Inventory - Inventário de Depressão Infantil), para avaliar sinais de depressão em crianças de 6 a 17 anos;
  • Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage, usada para medir a depressão em idosos.
A maioria dos testes de avaliação é relativamente sensível (80% a 90%), além de rápida e fácil de administrar [fonte: US Preventive Services Task Force(em inglês)].
Videogame pode detectar a depressão

Embora a depressão não possa ser diagnosticada com um simples exame de sangue, ela foi associada a anormalidades no cérebro e a problemas de memória - especificamente, a anormalidades no hipocampo, parte do cérebro que tem um papel importante na memória espacial.
Ao jogar um videogame com base nas cenas do famoso jogo tridimensional Duke Nukem, é possível diagnosticar a depressão. O jogo testa a memória espacial: durante o jogo, você passeia por uma cidade virtual e precisa encontrar certos lugares em um intervalo de tempo determinado. Os participantes depressivos encontram uma média de 2,4 locais, enquanto os não depressivos conseguem descobrir 3,8 [fonte: New Scientist Tech (em inglês)]. Quanto mais depressiva estiver a pessoa, menos pontos encontrará, sugerindo uma possível alteração no funcionamento do seu hipocampo [fonte: Instituto Nacional de Saúde Mental (em inglês)].
Uma vez diagnosticada, a pessoa tem uma série de opções de tratamento. A seguir, veremos os métodos de tratamento mais comuns, além de algumas terapias alternativas populares. A depressão pode ser tratada com exercícios e ervas.
Tratamentos para a depressão
As formas e os sintomas da depressão variam de pessoa para pessoa, assim como o tratamento, afinal, o que funciona para uma pessoa pode não funcionar para outra. A depressão clínica pode ser tratada, e mais de 80% das pessoas que recebem tratamento apresentam melhora [fonte: Mental Health America (em inglês).
Os tratamentos comuns e eficazes da depressão maior e da distimia são os medicamentos antidepressivos (para aliviar os sintomas), a psicoterapia (para aprender a lidar com a doença) ou uma combinação dos dois.
Os antidepressivos ajudam a normalizar os níveis das substâncias químicas que controlam o humor no cérebro, especificamente os neurotransmissoresserotonina, norepinefrina e dopamina. Os tipos de antidepressivos mais prescritos são os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRSs), conhecidos comercialmente como Prozac, Paxil e Zoloft, entre outros. Os medicamentos que também são prescritos com freqüência são osinibidores de recaptação de serotonina e norepinefrina (IRSNs), conhecidos como Effexor e Cymbalta.
Os ISRSs e os IRSNs geralmente apresentam menos efeitos colaterais do que os tricíclicos, medicamentos mais antigos, e os inibidores de monoamina-oxidase (IMAOs), que são pouco utilizados por causa de seus efeitos colaterais graves, causados por interações com alimentos e outros medicamentos. Um tipo de antidepressivo pode funcionar melhor do que outro de uma pessoa para outra e os médicos tentam usar vários medicamentos até encontrar o ideal para o seu paciente.
Os antidepressivos são tomados regularmente por pelo menos quatro semanas (em alguns casos, oito semanas) antes de observar alguma melhora e, geralmente, leva-se de 6 a 12 meses para obter o efeito terapêutico completo. Nos casos de depressão grave ou distimia, pode ser necessário um tratamento de longo prazo.
A psicoterapia normalmente é usada em conjunto com medicamentos, embora possa ser o único tipo de tratamento em casos mais leves de depressão. Na psicoterapia, as pessoas conversam com um especialista sobre maneiras de lidar com a depressão e seus sintomas. Existem dois tipos principais de psicoterapia: a terapia cognitivo-comportamental (TCC)e aterapia interpessoal (TIP). A TCC ensina às pessoas novas formas de pensar e de se comportar, enquanto a TIP ajuda as pessoas a entender e trabalhar as relações pessoais que podem estar contribuindo para sua depressão.
Um dos tratamentos mais mal-compreendidos, usados para tratar a depressão grave, é a terapia eletroconvulsiva - TEC (em inglês). A TEC é usada quando os medicamentos e a psicoterapia não fazem efeito, geralmente, em pacientes suicidas ou pacientes que sofrem de depressão resistente a tratamentos. Conhecida antigamente como eletrochoque, a TEC evoluiu desde as décadas de 40 e 50, quando chegaram à mídia histórias de abuso e várias controvérsias ligadas a ela. Durante o tratamento, o paciente recebe relaxante muscular e anestesia. Eletrodos são presos em lugares específicos da cabeça e usados para enviar impulsos elétricos de aproximadamente 30 segundos, causando o equivalente a uma convulsão dentro do cérebro. A TEC geralmente é feita três vezes por semana durante várias sessões.
Terapias alternativas
Para as pessoas que buscam remédios mais naturais, algumas ervas, como a erva-de-são-joão, e terapias alternativas, como a acupuntura, a aromaterapia, os remédios fitoterápicos, o biofeedback, a massagem e a ioga, ganharam mais atenção nos últimos anos. Também o controle de alimentos está sendo usado no tratamento auxiliar da depressão, já que certos nutrientes exercem um efeito benéfico sobre as substâncias químicas do cérebro responsáveis pelo humor. Alguns pesquisadores acreditam que o aminoácido essencial triptofano pode exercer um papel importante na função cerebral normal, porque estimula a produção do neurotransmissor serotonina, que ajuda a reduzir as sensações de depressão. Entretanto, há necessidade de mais estudos antes de se recomendar esses tratamentos.
Exercícios e saúde mental

Todos sabemos que os exercícios nos ajudam a ficar saudáveis. Eles mantêm a pressão arterial baixa e a diabetes e outras doenças, sob controle. Também podem ajudar a melhorar os sintomas da depressão e de outros transtornos do humor.
Ao acrescentar 30 minutos de atividade física em sua rotina diária, de três a cinco dias por semana, você pode melhorar seu humor e diminuir a ansiedade. Uma pesquisa feita sugere que os exercícios aumentam os níveis dos neurotransmissores no cérebro que melhoram o humor, liberam endorfinas e diminuem os níveis do hormônio do estresse, o cortisol (em inglês).

Como escolher os produtos de limpeza

Fique seguro Fique de olho!
Sabões em pó não-prejudiciais ao meio ambiente são mais econômicos, pois dispensam certos agentes desnecessários.
Se você escolher usar limpadores químicos, tome cuidado para diminuir os riscos.
  • Abra as janelas para que o ar fresco dissipe vapores e poluentes.
  • Use luvas de borracha e roupas de mangas compridas. Para trabalhos mais pesados, use máscaras e protetores para os olhos.
  • Não misture produtos. Você pode criar uma substância mais tóxica.
  • Evite sprays, para não inalar o produto.
  • Enxágüe bem as superfícies que limpar e evite usar produtos químicos nas áreas onde cozinha e come.
Links especiais
Receitas de produtos de limpeza alternativos
www.guardiaesdoamanha.org.br

Informações sobre rotulagem ambiental
www.mma.gov.br/port/sds/rotulage/corpo.html

Odorizantes
Não utilize um odor – especialmente um manufaturado – para esconder outro. Vários perfumadores de ambiente contêm COVs, que são prejudiciais à saúde humana.
  • Alguns odorizantes contêm paradiclorobenzeno, um derivado do cloro associado a danos no fígado e nos nervos.
  • Cuidado ao comprar óleos essenciais. Alguns foram diluídos em perfumes sintéticos, que podem ser perigosos se inalados, especialmente por pessoas alérgicas. Examine os rótulos que declarem "óleo essencial 100% puro" ou algo semelhante.
Alvejantes domésticos
Cuidado!
Não misture limpadores químicos com água muito quente, o que pode promover a fuga de substâncias químicas voláteis para a atmosfera.
  • Cuidado com o cloro, presente em muitos alvejantes e removedores de mofo. Ele pode reagir com outras matérias orgânicas perigosas nos esgotos para formar substâncias químicas tóxicas muito resistentes denominadas organocloros.
  • Evite produtos com cloro em formas como hipoclorito de sódio, irritante para os olhos e pulmões, que libera vapores tóxicos se misturado a amônia ou limpadores baseados em ácidos (inclusive vinagre).
Produtos de lavanderia
  • Procure "sem fosfato" no rótulo dos produtos. Estes têm menos de 7,8 gramas de fosfato por lavagem e são a segunda melhor opção.
  • Alguns sabões de roupa e limpadores de uso geral contêm almíscares artificiais como aromatizante. Essas substâncias químicas persistem por longo tempo – tanto no meio ambiente quanto no corpo humano – e podem ser neurotóxicas.
A verdade sobre o fosfato
As flores de algas estão entupindo nossos rios e a culpa é do fosfato. Nós o usamos em detergentes e os agricultores, em fertilizantes. Embora os fosfatos existam na natureza, em concentrações altas demais, as algas crescem, produzindo florações que reduzem o oxigênio e outros nutrientes nos rios.
Limpadores de forno
  • Evite produtos com hidróxido de sódio (soda cáustica). É altamente corrosivo e pode causar irritação grave, queimaduras e cegueira.
  • Os produtos rotulados como "não-corrosivos" podem conter etanolamina, solvente que pode causar dor de cabeça e reações asmáticas, e afetar o sistema nervoso central.
  • Éteres dietil glicol alquil (éteres etilenoglicol ou EGE) são encontrados em alguns produtos e foram associados a defeitos congênitos.
No vaso sanitário
  • Pense bem antes de usar um desinfetante de vaso sanitário. Muitos contêm ácidos corrosivos, assim como corantes e desodorizantes que irritam os olhos e a pele, e podem ser cancerígenos.
  • Não compre desinfetantes que contenham paradiclorobenzeno, uma substância química solvente que se acumula no corpo e tem sido associada a danos nos nervos e no fígado.

Como Perder KILOS(peso) De Forma Saudável

Dietas drásticas e exercício em excesso não são formas saudáveis deemagrecer. No que concerne aos alimentos e exercício físico, o corpo não gosta de mudanças súbitas.

Por exemplo, uma pessoa que não pratique exercício físico há alguns anos, subitamente não deve começar a correr vários quilómetros por dia, em estrada ou passadeira. Esta luta, não só a deixaria desanimada e desmotivada como ainda poderia resultar em lesões e diminuição das capacidades físicas.

Peso Perder Perder Kilos Perder kg

O mesmo acontece para aqueles que de repente resolvem deixar de comer. As dietas que restringem a ingestão de calorias ou o tipo de alimentos 'permitidos' podem conduzir a um grave déficite de nutrientes e vitaminas.

Assim sendo, o que pode fazer para perder peso?
Energia e perda de peso

O organismo transforma os alimentos em energia. Qualquer excesso calórico é armazenado sob a forma de gordura. Isto significa que, ao comer mais do que o corpo necessita para as actividades diárias e renovação celular, o peso aumenta.

Para perder peso é necessário que o corpo elimine os depósitos de gordura armazenada e a maneira mais eficaz é:

* reduzir a quantidade de calorias ingeridas
* aumentar a actividade física.

É por este motivo que os especialistas aconselham a dieta e o exercício físico para emagrecer.
Introduzir alterações gradualmente

As pequenas mudanças fazem uma grande diferença. Um doce extra por semana pode conduzir ao aumento de cerca de 2,5 kg./ano – elimine-o da sua dieta e perca peso.

Se lhe for mais agradável, também pode substituir o leite gordo pelo leite meio gordo ou tomar o pequeno-almoço todas as manhãs em vez de se sujeitar a dietas que estabelecem regras para todos os alimentos.

Encare o emagrecimento como uma mudança permanente dos seus hábitos alimentares. Não percepcione a perda de peso como um objectivo a atingir semanalmente mas sim como um jogo que durará a vida inteira, ou seja, que mudará o seu estilo de vida para toda a vida.
Aumentar os níveis de actividade

Se mantiver a dieta habitual e a quantidade de calorias ingeridas mas aumentar os níveis de exercício físico, certamente perderá peso.

Não precisa de gostar de ginásios – um simples exercício como caminhar durante 20 minutos, será muito benéfico se o fizer na maioria dos dias.

Todas as vezes que fizer mais exercícios do que o habitual está a queimar calorias e gordura.

Há muitas formas de aumentar o nível de actividade. Os desportos colectivos, a ginástica aeróbica, a corrida, as caminhadas, a natação e o ciclismo, melhoram as suas apetências físicas.

Descubra o que mais gosta e o que lhe é mais fácil de realizar em termos de custos e localização.

Infecção Puerperal

INTRODUÇÃO
Barros (2006), considera infecção puerperal como alguma infecção que se instale no aparelho reprodutor da mulher no período pós- parto recente se favorecendo das transformações ocorridas em seu organismo.
Pra Guimarães (2007), suas taxas elevadas estão em grande parte ligadas ao número aumentado de mulheres que optam por cesarianas, visto que o mesmo é um importante fator de risco, além de falha no sistema de vigilância, bem como a inexpressiva sensibilização e envolvimento das pessoas para melhor aspecto da realidade.
Embora o avanço científico e tecnológico nas diversas áreas do conhecimento seja progressivo, esta patologia, ainda é, um grande problema para a saúde pública pela sua prevalência, morbidade e, até mesmo, letalidade. No âmbito internacional, a infecção puerperal oferece índices que oscilam entre 03 e 20%, com valores médios de 09%. No Brasil, esses índices variam em torno de 01 a 7,2 (GUIMARÃES, 2007).
Em geral a infecção puerperal é instalada entre o 4º e o 5º dia do pós-parto, sendo que quanto mais cedo for o aparecimento da mesma, maior será sua virulência. Seu quadro clinico mostra-se por aumento da temperatura que pode alcançar de 38,5 a 39 °C, os lóquios apresentam-se purulentos e com odor fétido, útero amolecido e doloroso, colo permeável à polpa digital, que ao ser manipulado excreta secreção purulenta. Além disso, a puérpera pode apresentar cefaléia, anorexia e mal-estar geral (BARROS, 2006).
Para que esta patologia seja evitada é necessário algumas medidas profiláticas, principalmente relacionadas a atos de higiene tanto por parte das puerperas e seu acompanhantes com dos profissionais de saúde.

JUSTIFICATIVA
Visto que a infecção puerperal é uma doença causada em suma por uma deficiência em hábitos higiênicos, que acomete principalmente as puérperas submetidas a parto cesariana é que se pretende abordar neste estudo alguns elementos sobre esta patologia, abordando profilaxia, formas de transmissão, sinais e sintomas, dados estes, necessários ao desenvolvimento de uma assistência fundamentada cientificamente e alicerçada na assistência e no processo de enfermagem.

OBJETIVOS

Geral
  • Promover educação em saúde sobre a infecção puerperal;
Específicos
  • Ponderar quanto à importância de hábitos higiênicos na prevenção da infecção puerperal;
    • Analisar quais são os sinais e sintomas da patologia;

  • Identificar áreas de risco para transmissão e proliferação da doença;

METODOLOGIA
Este artigo consiste num estudo exploratório de natureza bibliográfica.


REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Define-se infecção puerperal como qualquer infecção que venha acometer o aparelho reprodutor feminino no puerpério recente e que se beneficie das modificações fisiológicas locais e gerais do organismo no período pós-parto (BARROS, 2006).

Ainda segundo o autor a vulnerabilidade da mulher as infecções aumenta na presença do baixo nível socioeconômico (desnutrição, anemia por deficiência de ferro, baixa resistência, vaginose bacteriana), de doenças crônicas, dos exames ginecológicos repetidos, e em razão do trabalho de parto prolongado, da cesariana, da retenção de fragmentos da placenta dentro do útero após o parto, e da hemorragia puerperal.(pag.243)
Esta infecção é comumente causada por bactérias da microbiota vaginal, e tem grande relevância como origem de morte materna. Dentre os fatores de risco destaca-se: más condições de assepsia, parto prolongado, presença de restos ovulares, baixa resposta imunitária e cirurgia cesariana (ARAUJO  et al., 2009).
De modo geral esta pode ser endógena e exógena, além disso, é polimicrobiana e os agentes etiopatogênicos são germes aeróbios e anaeróbios da flora do trato geniturinário e intestinal. Se tratando de infecção exógena, podem ser considerados agentes de infecção os profissionais que prestam cuidados a puérpera e parturiente através das mãos, luvas, instrumentos cirúrgicos e além disso os acompanhantes também participam como fonte de infecção (BARROS, 2006).

No Brasil, as quatro principais causas de morte materna, entre as obstétricas diretas, são: as síndromes hipertensivas, as hemorragias, as infecções puerperais e as complicações do aborto. As causas obstétricas diretas são responsáveis por 66% das mortes maternas em nosso país (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000).

Embora o avanço científico e tecnológico nas diversas áreas do conhecimento seja progressivo, esta patologia, ainda é, um grande problema para a saúde pública pela sua prevalência, morbidade e, até mesmo, letalidade. No âmbito internacional, a infecção puerperal oferece índices que oscilam entre 03 e 20%, com valores médios de 09%. No Brasil, esses índices variam em torno de 01 a 7,2 (GUIMARÃES, 2007).

A mortalidade associada ao ciclo gravídico-puerperal e ao aborto representa cerca de 6% dos óbitos de mulheres de 10 a 49 anos no Brasil, sendo de extrema relevância por estar relacionada a eventos naturais (gravidez e parto) e por ser evitável em 92% dos casos(BRASIL 2004).
Em 1998, no Brasil, as mortes devidas às síndromes hipertensivas apareceram em 22,4% das declarações de óbito; as síndromes hemorrágicas, em 12,4%; as infecções puerperais, em 7%; e o aborto (excluídos os casos de gravidez molar e ectópicas), em 4,7% dos casos. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000).
A técnica de controle das infecções hospitalares, que são aquelas adquiridas 72 horas após a admissão do paciente e que se manifesta durante a internação ou após a alta, tem sido adotada pelos profissionais e usuários do sistema de saúde como base na qualidade do cuidado. Para tanto, é necessário a busca pela melhoria na assistência hospitalar para que se torne possível ofertar à população um serviço de menor risco e maior efeito (GUIMARÃES, 2007).
Em se tratando de infecção puerperal, seus altos índices estão em geral relacionados ao grande número de parto cesáreo, visto que o mesmo é um importante fator de risco, além de falha no sistema de vigilância, bem como a inexpressiva sensibilização e envolvimento das pessoas para melhor aspecto da realidade (GUIMARÃES, 2007).
No Brasil, este tipo de parto ocorre principalmente em unidades hospitalares, identificando um menor número de opção pelo parto natural e uso aumentado do procedimento de parto cesáreo. Vale destacar ainda, que este é um país, que tem um dos maiores índices de parto cesáreo no mundo, o que coopera para Infecção puerperal aumentando o risco de mortalidade materna (GUIMARÃES, 2007).
A assistência hospitalar ao parto deve ser segura, garantindo, para cada mulher, além dos benefícios dos avanços tecnológicos e científicos, a sua autonomia no parto, permitindo que ela seja o sujeito do processo e defina aquilo que entenda ser melhor para ela e para seu filho (GUIMARÃES, 2007).


Sintomas

Em geral a infecção puerperal é instalada entre o 4º e o 5º dia do pós-parto, sendo que quanto mais cedo for o aparecimento da mesma, maior será sua virulência. Seu quadro clinico mostra-se por aumento da temperatura que pode alcançar de 38,5 a 39 °C, os lóquios apresentam-se purulentos e com odor fétido, útero amolecido e doloroso, colo permeável à polpa digital, que ao ser manipulado excreta secreção purulenta. Além disso, a puérpera pode apresentar cefaléia, anorexia e mal-estar geral (BARROS, 2006).



Diagnóstico clínico das diferentes formas de infecção puerperal


Para que se possa fazer o diagnóstico de uma infecção torna-se necessário à avaliação clínica, inspeção de ráfias e punção do útero e dos pulmões da mulher, além da solicitação de exames laboratoriais como cultura de amostra de urina e da secreção uterina, raios-X, ultra-sonografia e exame ginecológico (BARROS, 2006).
Forma clinica
Temperatura
Dor
Tumor
Secreção
Infecção do Períneo
(episiotomia)
38-38,5°C
Local
Local
Local (serosa,
Sero-purulenta)
Fasciite necrozante
39-40°C
Local, intensa
Local
Local (purulenta,
necrose)
Endomiometrite
38-39°C
Pélvica
Útero sensível
Uterina (fétida)
Parametrite
38-39,5°C
Pélvica, forte
Parametrial
Eventual
Anexite
38-39,5°C
Pélvica, forte
Parauterino
Não
Peritonite
40°C
Pélvica/difusa
Pélvico/
peritoneal
Não
Choque séptico
38 - 40°C
hipotermia
Pélvica/difusa
Pélvico/
peritoneal
Não
Fonte: Ministério da Saúde 2000
Tratamento Medicamentoso

Os esquemas de antibioticoterapia devem ser padronizados em comum acordo entre o Serviço de Obstetrícia e o Serviço ou a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000).
É incomum acontecer infecção puerperal em mulheres que realizaram parto natural, entretanto quando isto ocorre em geral é administrado um antibiótico IV (intravenosa) até que a mulher passe a não apresentar febre durante 48 horas (BARROS, 2006).
Em ambos os partos na maioria dos casos é utilizado à associação entre antibióticos com ação sobre bactérias anaeróbicas e aeróbicas gram negativas as quais habitam a flora geniturinária e intestina (BARROS, 2006).
A base do tratamento clínico é fundamentada no uso da antibioticoterapia e no controle de eventuais complicações, desta forma torna-se necessário reconhecer a sensibilidade destas bactérias aos antibióticos. É recomendado que as mulheres portadoras desta infecção permaneçam com o uso da medicação endovenosa no mínimo de 24 a 48 horas depois do ultimo epsódio de febre (BARROS, 2006).
Tratamento cirúrgico da infecção puerperal
O tratamento cirúrgico só será indicado em casos onde o tratamento clínico for Insuficiente, dispõe entre eles a curetagem de restos placentários, drenagem de abscessos: perineais, da incisão de cesariana,debridamento de fasciite necrozante perineal e abdominal, colpotomia: abscesso do fundo de saco de Douglas, histerectomia total: miometrite e infecção pelo Clostridium welchil, laparotomia: abscessos entre alças, do espaço parietocólico e subfrênico, ligadura de veia ovariana e veia cava, em caso de tromboflebite pélvica séptica que não responde ao tratamento de antibiótico + heparina
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000).

Assistência de Enfermagem
De acordo com Melson et al. (2002), estas são algumas das assistências de enfermagem que podem ser prestadas as puérperas portadoras de infecção puerperal:
1)    Avaliar os lóquios: quanto ao tipo, volume, odor e as características. Este exame confirma que o Processo involutivo está normal e ajuda a detectar sinais de infecção;
2)    Monitorar os sinais vitais da paciente, principalmente temperatura a cada quatro horas, ficando atento a tendências à pirexia nos dois primeiros dias do pueperio imediato, excluindo-se as primeiras 24 horas. Essa medida em conjunto com o exame físico ajudam a formular um diagnóstico clínico;
3)    Anotar a contagem de leucócitos e correlacioná-los com o quadro clínico geral. A leucocitose acompanha a inflamação, entretanto os níveis normais do pós- parto são aumentados (15.000 a 30.000 mm³) e o diagnóstico depende da integração de todos os dados suspeitos pertinentes;
4)    Implementar medidas de higiene e cuidados perineais certificando-se que os cuidadores e a paciente estão lavando as mãos. Limpe o períneo, troque freqüentemente os absorventes e ofereça banho de assento. Essas medidas limitam a exposição aos contaminantes e promovem a cicatrização;
5)    Ajudar a paciente a escolher uma dieta balanceada estimulando a ingesta de proteínas, vitamina C e ferro. Proteínas e vitamina C facilitam a cicatrização, já o ferro ingerido junto com os alimentos ou com os suplementos pode ajudar a corrigir a anemia;
6)    Ensinar à paciente a forma correta de lavagem das mãos para prevenir infecção, orientando-a quanto aos sinais e sintomas de infecção. Esta medida é importante principalmente para as pacientes que recebem alta precoce podendo estar em casa quando a infecção de manifestar;
7)    Avaliar as características da dor, incluindo o tipo, a freqüência, a localização e a intensidade. As características da dor podem ajudar a formular o diagnóstico médico;
8)    Implementar medidas de conforto, como ajudar a paciente a mudar de posição e administrar analgesia farmacológica caso prescrita. O aumento da perfusão tissular e a estimulação das fibras aferentes diminuem a percepção da dor, já a analgesia farmacológica possibilita o controle da dor no nível central;
9)    Avaliar os sons pulmonares, a freqüência e o esforço respiratório. Os exercícios respiratórios melhoram a oxigenação e impedem a acumulação de secreções, reduzindo o risco de atelectasia e pneumonia;
10)  Fazer a administração da medicação prescrita.

CONCLUSÃO
Desta maneira, com tudo que foi discutido anteriormente sobre infecção puerperal, percebe-se a necessidade de se implantar medidas profiláticas, principalmente no que diz respeito a ações de higiene tanto das puerperas e seus acompanhantes, como dos profissionais de saúde envolvidos no cuidado destas mulheres, além de intensificar as campanhas para realização de parto normal humanizado, visando diminuir a incidência de cesariana, sendo que é neste onde há maior prevalência desta patologia.






Referencial bibliográfico

ARAUJO, Stanley de Almeida; LANA, Ana Maria Arruda; GARCIA, Paula Piedade  and  GODOY, Pérsio. Choque séptico puerperal por Streptococcus β-hemolitico e síndrome de Waterhouse-Friderichsen.Rev. Soc. Bras. Med. Trop. [online]. 2009, vol.42, n.1, pp. 73-76. ISSN 0037-8682.  doi: 10.1590/S0037-86822009000100015.

BARROS, Sonia; Enfermagem no Ciclo Gravídico Puerperal; 27ª Ed; Editora Manole, 2006; Barueri – SP.

BRASIL, Política de Atenção Integral à Saúde da Mulher. Brasília, Ministério da saúde 2004.
GUIMARAES, Elisângela Euripedes Resende; CHIANCA, Tânia Couto Machado  and  OLIVEIRA, Adriana Cristina de. Puerperal infection from the perspective of humanized delivery care at a public maternity hospital.Rev. Latino-Am. Enfermagem[online]. 2007, vol.15, n.4, pp. 536-542. ISSN 0104-1169.  doi: 10.1590/S0104-11692007000400003.
MELSON, K. A. et al. Enfermagem Materno Infantil: planos de cuidados. Tradução HENRRIQUE, Carlos. Rio de Janeiro, 3ª Ed. 2002.
______, Ministério da Saúde. Urgências e Emergências Maternas. 1. ed. Brasília: Secretaria de Políticas de Saúde /Ministério da Saúde, 2000.